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Artigo busca identificar fatores associados ao uso abusivo de álcool entre profissionais de enfermagem

Artigo, publicado pela Revista Brasileira de Saúde Ocupacional (RBSO), avaliou variáveis sociodemográficas e ocupacionais, de estilo de vida, aspectos relativos às condições ambientais e psicossociais do trabalho, e suas associações com a ocorrência de consumo abusivo de álcool entre profissionais de enfermagem do estado de São Paulo.

Neste estudo do tipo caso-controle aninhado a um estudo transversal, os dados foram coletados por meio de formulário entre outubro de 2018 e março de 2019, envolvendo 119 indivíduos no grupo dos casos e 356 participantes no grupo controle. Um dos achados é de que o consumo abusivo de álcool foi mais frequente entre os homens do que entre as mulheres.

Tabagismo atual ou no passado e qualidade do sono ruim também estiveram entre os fatores associados ao consumo alcoólico de risco na população de estudo. Já ter uma renda familiar maior do que seis salários-mínimos e carga horária de trabalho semanal mais elevada, seja como emprego principal, segundo emprego ou trabalho doméstico, foram fatores de proteção contra o consumo alcoólico de risco.

As maiores jornadas estiveram associadas com menor tabagismo, não ser solteiro, trabalhar em hospital/Atenção Primária/pronto socorro e trabalho noturno. “Pode-se especular que aspectos como ser responsável por pessoas da família, atuar em áreas que demandam grande responsabilidade, ter poucas horas e/ou noites livres são características que contribuem para diminuir as oportunidades de consumo alcoólico”, avaliam os autores.

Por fim, recomendam a implantação de ações de prevenção e controle do consumo abusivo e da dependência ao álcool nas instituições de saúde. “Para melhores resultados, os gestores devem engajar uma equipe multidisciplinar, e envolver lideranças e familiares”, apontam.

Leia o artigo Fatores associados ao consumo abusivo de álcool em profissionais de enfermagem no estado de São Paulo, Brasil, que faz parte do Dossiê Epidemiologia, Saúde e Trabalho da Revista Brasileira de Saúde Ocupacional.

Fonte: Fundacentro