Semol

Dia Mundial da Saúde Mental destaca a importância do médico do trabalho na identificação e prevenção dos transtornos mentais no ambiente ocupacional

O Dia Mundial da Saúde Mental foi instituído pela Federação Mundial da Saúde Mental em 1992 e desde então é lembrado todo dia 10 de outubro. A data alerta para a importância dos cuidados com a mente e é uma ocasião para esclarecer a sociedade sobre as doenças e quebrar preconceitos com o tema.

A depressão atinge mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades no mundo, e no Brasil são mais de 11 milhões de casos, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). As mulheres são mais afetadas que os homens. A ansiedade, por sua vez, afeta 18,6 milhões de brasileiros.

Casos de depressão e ansiedade aumentaram mais de 25% apenas no primeiro ano da pandemia, devido principalmente ao isolamento social, luto e o desemprego, dupla jornada, principalmente entre as mulheres.

Especialistas da Universidade de São Paulo (USP) apontam que o Brasil está entre os países que mais apresentam pessoas ansiosas (63%) e depressivas (59%).

Para os médicos do trabalho, é um dia para realizar campanhas e mostrar o quanto é necessário ter atenção com a saúde mental no ambiente de trabalho para evitar o adoecimento dos trabalhadores, afetados na maioria das vezes por jornadas excessivas, pressão por produtividade, assédio moral, constante adaptação às novas tecnologias, entre outros fatores.

Uma vez identificado o problema, cabe ao médico de trabalho encaminhar o paciente a um atendimento especializado, além de supervisionar a saúde desse trabalhador, muitas vezes buscando a adaptação ao ambiente laboral, até a sua plena recuperação.

Além da depressão, entre as doenças mais comuns no ambiente de trabalho destacam-se estresse, síndrome de Burnout, transtornos ansiosos, fobias, síndrome do pânico e ansiedade generalizada, entre outros.

Os transtornos mentais são responsáveis por mais de um terço do número total de incapacidades nas Américas. No Brasil, no primeiro ano da pandemia, em 2020, mais de 570 mil pessoas foram afastadas do trabalho por problemas e transtornos de saúde mental, 26% a mais do que em 2019.00