Entender a percepção dos trabalhadores brasileiros em relação às ações e ao apoio das empresas em que trabalham frente aos desastres climáticos. Este foi o principal objetivo da pesquisa realizada pela Cajuína, frente de inteligência da Caju (empresa de tecnologia que oferece soluções de benefícios e gestão para RHs), com apoio da plataforma Opinion Box.
A pesquisa contou com a participação de 1.039 trabalhadores – homens e mulheres de todas as classes sociais e regiões do Brasil, todos empregados sob o regime CLT em empresas privadas que possuem mais de 100 colaboradores.
Como principal destaque, a pesquisa identificou que 90% dos trabalhadores têm medo de ser afetados por questões climáticas. Essa preocupação abrange diversos aspectos da vida, com destaque para o impacto na família, que é uma preocupação para 58% dos entrevistados, seguida pela saúde física e questões financeiras, ambas citadas por 50% dos trabalhadores.
No entanto, apenas 42% acreditam que suas empresas estão suficientemente preocupadas com o assunto, fator que indica uma desconexão entre a percepção dos colaboradores e a resposta corporativa às mudanças climáticas. Além disso, 77% dos trabalhadores brasileiros consideram as questões climáticas um tema relevante.
´Identificamos que grande parte dos trabalhadores brasileiros percebe os impactos das mudanças climáticas no cotidiano. Contudo, ainda são minoria as organizações que estão enfrentando esse desafio de maneira eficaz´, comenta Luiza Terpins, líder da Cajuína. ´É crucial que o setor corporativo reconheça a gravidade deste problema e implemente ações para assegurar a segurança e o bem-estar de seus colaboradores´, diz.
Outros importantes insights da pesquisa destacam as experiências dos trabalhadores com desastres climáticos e como as empresas estão respondendo a essas preocupações. Confira:
• Vivência com desastres climáticos: 46% dos trabalhadores brasileiros já enfrentaram situações decorrentes de desastres climáticos – com a maioria, 89%, sendo diretamente impactada por eventos como chuvas intensas, granizo ou deslizamentos. Destes afetados, 79% sofreram com interrupções de energia elétrica e 64% com problemas de conexão à internet. Além disso, 49% enfrentaram falta de água e 29% relataram perda ou danos a seus bens materiais, como móveis, eletrônicos ou veículos.
• Impacto emocional: A pesquisa revela que as mudanças climáticas já estão afetando significativamente o bem-estar emocional dos trabalhadores. Aproximadamente 43% dos entrevistados relataram ter vivenciado sintomas de ansiedade devido a situações climáticas adversas, e 41% mencionaram sentir estresse relacionado ao clima.
• Deslocamento e dificuldades de transporte: As condições climáticas adversas impactam consideravelmente o deslocamento dos trabalhadores: 59% afirmam enfrentar dificuldades para chegar ao trabalho devido ao clima, sendo as chuvas excessivas a principal causa.
• Problemas no local de trabalho: A pesquisa também apontou que 39% dos trabalhadores já perceberam que o local em que trabalham sofreu efeitos de questões climáticas. Dentre os principais problemas observados estão a queda de energia (69%), dificuldades com a conexão à internet (49%), impossibilidade de acessar o local e danos a equipamentos (ambos 41%).
´Esses insights ressaltam a necessidade de as empresas desenvolverem políticas mais robustas e comunicativas em relação às mudanças climáticas, melhorando não apenas a resiliência operacional, mas também o suporte emocional e prático aos seus colaboradores em tempos de crise climática´, finaliza Luiza Terpins.
Fonte: https://www.protecao.com.br/destaque/pesquisa-indica-que-90-dos-trabalhadores-brasileiros-temem-sofrer-com-desastres-climaticos/