Segundo dados divulgados pelo Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, a pedido do Ministério Público do Trabalho, o Brasil registrou, em 2022, 612,9 mil notificações de acidentes trabalhistas. O número de óbitos chegou a 2,5 mil. Os dados refletem apenas os números do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – trabalhadores com vínculo de emprego, com carteira assinada e no âmbito do Regime Geral da Previdência Social.
Além disso, foram notificados 6.774.543 acidentes entre 2012 e 2022. No mesmo período, 25.492 destes acidentes resultaram em morte. Calcula-se, portanto, que uma morte ocorra a cada 3h 47m 3s. Os dados de 2023 serão atualizados em 2024.
O sistema de monitoramento foi desenvolvido pela iniciativa SmartLab de Trabalho Decente, em colaboração com pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública da USP. Ainda de acordo com o estudo, as máquinas e equipamentos são os principais causadores de acidentes de trabalho no Brasil, respondendo por aproximadamente 15% do total registrado no período (últimos 10 anos).
Equipamentos de alta tecnologia
Segundo Jazeel Santos, diretor da divisão logística do Grupo GPS, para minimizar os riscos de acidentes é fundamental que as empresas invistam em segurança e prevenção. “Existem sistemas tecnológicos exclusivos para esse fim. Um deles é o GPSvc, utilizado para treinamento de funcionários na palma da mão, por tipo de função e de acordo com o momento do colaborador na empresa, desde treinamentos comportamentais e técnicos, além de uma avaliação detalhada. Já o GPS Vista realiza inspeções das condições gerais do ambiente de trabalho e um monitoramento diário das rotinas do TST, das tarefas e do tempo de execução”, afirma.
Segundo o levantamento nacional, operadores de empilhadeiras e de armazenagem se envolvem, em média, em mais de 200 acidentes por mês. As funções estão relacionadas aos chamados serviços de intralogística ou logística interna das empresas.
“Os dados alertam para a importância do investimento em equipamentos de alta tecnologia para reduzir drasticamente ou até eliminar o risco de acidentes, principalmente nas atividades em que pessoas e máquinas circulam pelo mesmo espaço”, enfatiza Santos.
Ele conta que na divisão logística do Grupo GPS, as empilhadeiras contam com Red Zone (luz vermelha utilizada para demarcar uma área segura de aproximação durante as operações); Blue Spot (um equipamento de LED instalado na empilhadeira capaz de emitir uma forte luz azul no piso, evitando colisões e atropelamentos); Alinhador de garfo (laser), Telemetria e sensor no cinto de segurança.
Soluções digitalizadas
As tecnologias de segurança utilizadas pelo Grupo GPS incluem ainda as mais recentes soluções digitalizadas do mercado. Os sistemas adotados, conforme o executivo, têm a finalidade de neutralizar os riscos jurídicos, otimizar o tempo dos profissionais envolvidos com a entrega do Equipamento de Proteção Individual (EPI), mapear gastos e custos. “O sistema é capaz de digitalizar as entregas de EPI, centralizar todos os registros de entrega de EPI em um banco de dados em Nuvem muito confiável, controlar gastos com EPI e Uniformes, evitar o risco de entrega de um EPI inadequado para um colaborador e acompanhar, em tempo real, os controles de entrega de EPI em todas as unidades ou contratos”, destaca.
Para o diretor da divisão logística do Grupo GPS, os desafios do setor incluem o desenvolvimento de novas soluções inovadoras, tais como inteligência artificial, robótica e outras iniciativas cada vez mais presentes nas atividades industriais e no varejo. “Ao mapear os riscos e perigos envolvidos, conseguimos adotar medidas específicas para evitar acidentes e preservar o trabalhador”, complementa Jazeel Santos.
Fonte: https://revistacipa.com.br/